Caminhando, simplesmente..Seguindo o coração em uma das manhãs que acordei cedo,sem ter dormido bem. Caminhei...Andei pelas ruas arborizadas de Grajaú, quando em uma delas, parei...Li no Portão, ONG...Me interessei. Me aproximei, li sobre Dança do Ventre entre outras coisas...O desejo de aprender a Dança do Ventre, me fez anotar o número do telefone no celular.Continuei minha caminhada...Na semana seguinte, liguei e logo me convidaram a conhecer a ONG e a fazer uma aula. Fui, me encantei com a assistência amorosa da Professora Déborah...Apreciei a beleza simples do ambiente...Fui cativada. Li os cartazes, me associei, fiz minha matrícula, mas apenas consegui frequentar umas duas aulas. O pouco que falei sobre mim,foi escutado ativamente pelos ouvidos da Déborah, que logo me falou sobre REIKI, me convidando a ser uma das cursistas da próxima etapa. Recebi e-mails...Li, pesquisei um pouco e lembrei de uma amiga, que há muito não vejo, que sempre me dizia que eu combinava com REIKI. Minha vida acadêmica e profissional se encarregavam de tomar o meu tempo, e minhas emoções cada vez mais eram embotadas. Meus ouvidos não a escutaram, naquele momento. Anos passaram-se...Questões familiares e profissionais, mudaram radicalmente a minha rotina, e aquela resiliência que me sustentava....Arrebentou!
Um momento de desabafo...Escrevo, quando não aguento mais, afinal, nem sempre encontro ouvidos que escutam...
Antes de completar um ano...Cai! A luz e a energia que me faziam tão conhecida, simplesmente foram apagadas! Que dor! A depressão, a primeira licença médica em 24 anos de serviço público, o aprender a não trabalhar e acalmar a mente com pensamentos tão obscuros, tão negativos...A falta de alegria e energia...Fui minada...Fragmentada...Caminhando, sem rumo...E buscando entender o que acontecia comigo, li sobre a Síndrome de Burnout, outro desabafo escrito.
Um momento de desabafo...Escrevo, quando não aguento mais, afinal, nem sempre encontro ouvidos que escutam...
Decidi conversar por escrito comigo mesma. Um diário? Um blog? Não importa. O que importa é que aqui vou escrever, conversar comigo e entender definitivamente que o mapa não é o território. Minha vida, minhas concepções estão mudando. Absurdos...
Por volta das 14h, chego à casa e encontro Minha Flor desmaiada. Algo já me dizia que algo estava pro acontecer. Meu coração gritava. Eu não dei ouvidos? Vi, não ouvi direito...Ah! Ela simplesmente tentou ir embora da vida...Que cena. Que medo! Gritei! Bati no rosto dela. Tentei acordá-la. Meu Deus...Gritei...O que você fez? Peguei no colo, arrastei para o banco de trás do carro. Olhei para frente e disse, Deus me ajuda...Me guia. No meio do caminho, dentro do carro uivei...Muito...Gritei...Chorei. Em algum momento, senti que não sabia onde estava, mas continuei dirigindo...Me senti guiada. Quando percebi...cheguei ao Hospital. Continuei sendo guiada e ajudada. Estacionei inadequadamente, o flanelinha me viu, pedi ajuda, ele correu no hospital e pediu uma cadeira. O enfermeiro chegou, me ajudou a tirá-la do carro...Existia uma maca vazia...O médico chegou rápido...E a cena triste...A colocação da sonda...Doeu em mim, mas só agora choro, não consigo esquecer, e isto dói muito. Vi Minha Flor quase morta, e até agora mantenho minha racionalidade. Agi, reagi...Agora despenco. tenho chorado muito. Tento não me sentir culpada, mas me sinto traída. Sinto que fui excluída da palavra, do pedido de ajuda. Não fui de confiança da Minha Flor. O que houve? O que deixei de fazer, ou o que fiz em demasia? minha vida mudou...A expressão que mais tenho proferido é "Não sigo mais roteiros", e antes, eu seguia? se haviam poucas certezas, agora elas são quase todas extintas. Cuidei, cuido, mas não sei como agir agora. Estou com imensas dificuldades de conversar com ela. estou na condição de observadora de mim e dela. Tenho sofrido, mas luto para não sofrer.Me olho, me percebo através das mudanças, do silêncio que faço para me observar e entender quem sou eu agora. Esta semana entendi que não tenho nada, que o "meu, ou minha", são apenas palavras soltas, que na verdade são carregadas de um pseudo poder. Algumas constatações doem. São reais e quase insuportáveis. O que me faz suportar tudo é o vício do "trabalhar". Sinto que uma tissunami passou, desorganizou o que parecia organizado...Estou ollhando para o que sobrou e tentando desconstruir alguns paradigmas que me assolam.
Antes de completar um ano...Cai! A luz e a energia que me faziam tão conhecida, simplesmente foram apagadas! Que dor! A depressão, a primeira licença médica em 24 anos de serviço público, o aprender a não trabalhar e acalmar a mente com pensamentos tão obscuros, tão negativos...A falta de alegria e energia...Fui minada...Fragmentada...Caminhando, sem rumo...E buscando entender o que acontecia comigo, li sobre a Síndrome de Burnout, outro desabafo escrito.
Conhecendo mais sobre a mudança de comportamento que cada dia me estristece mais...Me procuro... Por instantes... Parece que me acho, mas logo no minuto seguinte, estou esgotada, com um nó na garganta e um medo tenebroso de me perder completamente. Esquecida...E esquecendo facilmente das coisas....Perdendo chave... Nas consultas psiquiátricas...Na sala de espera...Tenho medo do que vejo nos pacientes que entram antes de mim...Tenho medo, pânico... Um desespero de acabar minha história, embora sentindo que tenho muito a doar, ensinar, transformar... Mas não estou conseguindo ainda sair do labirinto... Penso nas leituras que fiz... Alegoria da Caverna... Platão? Me ordene! Quero ser obediente...E sair em disparada, mas ainda não consigo...Choro sem saber porque...Às vezes sorrio de um jeito diferente e incoerente para o momento...Que horror! O que me transformei? Hoje, acordei pensando no para quê me envolvi tanto no trabalho...Com o trabalho...Desde muito menina encarava o trabalho como religião...Mamãe dizia: - Escreveu não leu o pau comeu....E quando chegar, quero encontrar pronto....Preciso me libertar deste passado...Que me conduziu, mas que agora me adoece. Que erro! Me aborreço...Deixei de lado muitas vezes minha filha...minha FLOR RARA, meu marido - EX , meu eu! Quem sou eu agora? Graça sem graça...Um absurdo...O absurdo de ser Graça sem graça. Me disseram que preciso ter Fé. Como se faz para ter Fé? Estou buscando mais entender a espiritualidade...Não sei ficar seguindo o que o Padre diz...São decorebas...Não sou boa em decorar...Sinto medo, muito medo...Não posso dirigir...Nem sempre tenho alguém para me acompanhar...Muitos médicos...Colesterol acima... Elevadíssimo... Labirintite... Coluna... Nossa! Aos 46 anos, me sinto um bom livro pouco utilizado... Uma árvore frondosa, com frutos caídos no chão. Socorro! É um grito quase surdo... Não me sinto escutada... Quem deverá me escutar? Eu, apenas eu? O que sinto não é visível...Não é uma ferida aberta onde todos olham... Dói muito! Busco o brilho no meu olhar...Quando eu o encontar...O mundo saberá. Quero mais graça em minha vida. Quero a graça perdida, escondida. Quero eu de volta.
Autoria:
Eu, depois de 31 anos de trabalho na educação... Dentre eles 24 anos de educação pública...de licença médica pela primeira vez, desde a 2ª quinzena de junho de 2010, usando medicamentos controlados para acalmar a ansiedade e dormir... Organizar as ideias...Na primeira consulta...Após o meu relato...Ouvi: - Como você deixou chegar neste ponto? Você esgotou todos os seus recursos... Esticou o elástico até arrebentar...Preciso lhe dizer que VOCÊ ESTÁ NO FUNDO DO POÇO. Nossa...Mortifiquei. E eu, uma leitora atenta de tudo que remeta a Resiliência. Estou aqui... Registrando um pequeno desabafo...Agora...De madrugada em um bom momento...Sem conseguir dormir, mas escrevendo...Tem muito mais... O que fazer? Aceitar...E buscar a Serenidade.
Perdida, encontrei um NORTE? Ou o NORTE me encontrou? O fato é que fiz minha inscrição no Curso REIKI , atendendo ao último chamado amoroso de Deborah Duncan.
Olá Querido; Olá Querida;
Nossa última turma de Reiki 1 de 2010 será nos dias 24, 25 e 26 de Setembro. Começando na sexta-feira dia 24 das 19h às 22h, e sábado e domingo de 9h às 20h
Este foi nos últimos anos, o final de semana mais importante da minha vida. Parei. Afastei-me. Fiquei com algumas pessoas que nunca vira antes, mas fiquei comigo mesma em todos os momentos, observando e conectando tudo que aprendi e li. Saboreei cada palavra do Mestre João Carlos Melo...Um humano que voa nas asas da sabedoria e do coração.
Este foi um final de semana digno.Um final de semana de descoberta de novos oceanos internos. Reencontrei minha beleza! Reencontrei Minha GRAÇA!
Reiki, estou aqui!